O que é café colonial?
Sabe quando você tem aquela lembrança da sua infância, quando você ia para a casa da sua avó e era recebido com uma mesa farta, cheia de comida daquelas que você mais gosta, que a sua boca chegava a salivar? Então, você não sabia o nome, mas isso poderia se caracterizar como um café colonial.
Mesa farta, repleta de gente e, na maioria das vezes, celebrando algum acontecimento bom, é isso que o café colonial representa.
Você, provavelmente, já deve ter participado de vários cafés coloniais, só não sabia que esse era o nome dado a essa refeição.
Agora que você se deu conta do que é, deu vontade de estar em uma agora, não deu? Pois então, este texto, infelizmente, não te levará até uma, mas aguçará, ainda mais, a sua vontade de estar diante dela. Desculpa, não é a intenção do texto, afinal de contas, até ele gostaria de estar em uma. Mas voltemos ao café colonial.
O que é o café colonial?
O café colonial é uma das, se não a, forma mais tradicional de celebrar a cultura e a culinária alemã. Isso fica ainda mais explícito quando se percebe nas cidades onde existem populações com origem alemã, as famílias mantêm o costume de servir o café colonial aos domingos à tarde.
Isso significa que as mesas estão repletas de cucas, pães, tortas de maçã, que eles chamam de apfelstrudel, schmier, nata, queijo, salame, mel, queschmier, morcilias, conservas, chocolate quente, café, chás, wafles e tortas.
A mesa fica repleta de iguarias que são verdadeiras delícias. Essa tradição foi trazida para essas regiões junto com os antepassados alemães que habitaram no sul do país, e acabou ganhando expansão, atingindo outros lugares, mesmo que não existissem populações alemãs.
Antes era apenas uma refeição para ser feita em família, hoje já é tratada como comércio, devido aos turistas e os viajantes, que visitavam essas regiões e, na ausência de hotéis e restaurantes, eram convidados pelas próprias pessoas, que tinham alojamento e refeições e, no melhor estilo alemão, colocava à mesa todas as iguarias, tudo o que tinha de melhor, para servir os seus hóspedes.
Esse tipo de lanche já era bem conhecido em festas de kerb, onde assim que terminava as missas de domingo, os fiéis, acompanhados por uma banda, se dirigiam até o salão paroquial, onde tinha início o ritual dos Kerbs. E esse costume, conforme o tempo ia passando, ia aderindo novos adeptos, mais pessoas eram atraídas. E, com a necessidade de atender os turistas, foi aí que os colonos passaram a servir o café colonial.
Existe também outro modo de conceituar o café colonial, que representaria uma mesa farta do colono que, antes de ir para os seus afazeres, na distância que tinha que percorrer, no tempo que levaria até voltar, o seu café da manhã teria que ser muito reforçado, capaz de lhe oferecer a energia necessária para que ele pudesse desempenhar as suas funções sem problemas.
O produto café colonial foi criado em Gramado, que é uma região que possui uma forte colonização e influência alemã e italiana.